terça-feira, 19 de julho de 2016

PF deflagra operação “Vultos” e desmonta esquema de fraudes contra a Previdência comandado por um advogado, em São Luís

PF deflagra operação “Vultos” e desmonta esquema de fraudes contra a Previdência comandado por um advogado, em São Luís


Foram identificados 36 (trinta e seis) benefícios de Amparo Social ao Idoso cujo endereço de cadastro dos titulares era na residência de um advogado que atua em causas previdenciárias. A filha desse advogado é titular de uma pensão por morte fraudulenta.



A Força-Tarefa Previdenciária, integrada pela Polícia Federal, Previdência Social e Ministério Público Federal, com a finalidade de reprimir crimes previdenciários, deflagrou na manhã desta terça-feira (10), na cidade de São Luís/MA, a Operação “Vultos”.

As investigações, iniciadas com uma prisão em flagrante no ano de 2012, levaram à identificação de um esquema criminoso no qual foram falsificados documentos públicos para fins de concessão de benefícios assistenciais, em que os titulares eram criados virtualmente.

Foram identificados 36 (trinta e seis) benefícios de Amparo Social ao Idoso cujo endereço de cadastro dos titulares era na residência de um advogado que atua em causas previdenciárias. A filha desse advogado é titular de uma pensão por morte fraudulenta.

A Polícia Federal cumpriu 08 (oito) Mandados Judiciais, sendo 06 (seis) de busca e apreensão e 02 (dois) de condução coercitiva, além do arresto de bens dos investigados. Dentre os Mandados Judiciais consta, ainda, a determinação para que o INSS suspenda/bloqueie o pagamento dos 37 (trinta e sete) benefícios fraudulentos.

A operação contou com a participação de 28 (vinte e oito) policiais federais e de 02 (dois) servidores da área de inteligência da Previdência Social, a Assessoria de Pesquisa Estratégica e de Gerenciamento de Riscos (APEGR).

O prejuízo inicialmente identificado aproxima-se de R$ 1,9 milhão. O valor do prejuízo evitado com a consequente suspensão desses benefícios, levando-se em consideração a expectativa de sobrevida média da população brasileira, é de R$ 1,8 milhão.

A Operação foi denominada “Vultos”, em alusão aos titulares dos benefícios que são pessoas fictícias.

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