quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Nova amputação da perna de goleiro da Chapecoense e explica estado de sobreviventes

Médico confirma nova amputação de goleiro e explica estado de sobreviventes


O corpo médico que está em Medellín acompanhando o estado dos sobreviventes do acidente da Chapecoense, composto também por dois médicos brasileiros enviados pelo clube catarinense, confirmou que Jackson Follmann precisará passar por cirurgia de amputação na perna direita por conta de infecção. 
O médico Marcos André Sonagli explicou que a cirurgia de amputação não foi feita assim que Follmann foi resgatado do local do acidente aéreo por causa da necessidade de um consentimento de familiares. "3 a 4 cm de osso a gente vai resetar hoje. Não tínhamos autorização, isso precisa de consentimento. O principal ponto é abrir, lavar, tirar toda aquela parte morta. A parte óssea a gente deixou para hoje. São 3 a 4 cm com certeza. Se acharmos que precisa de um pouco mais, faremos", disse o doutor. 
"A perna esquerda e o pé esquerdo não têm sinais de infecção, vamos verificar novamente. O coto de amputação da direita tinha infecção e faremos novo procedimento agora. Não me adianta eu ter um coto de amputação com osso com infecção, vai começar a ter vazamento de pus", prosseguiu o doutor Sonagli. 
Na entrevista, o médico Edson Stakonski detalhou o estado de saúde dos outros sobreviventes. A situação do zagueiro Neto segue sendo a que inspira mais cuidado por ter sido a pessoa que mais passou tempo no local da queda do avião da Lamia. 
Stakonski ressaltou que, apesar do otimismo quanto ao estado de Alan Ruschel, o lateral ainda está em condição de vigilância. Ruschel já anda sozinho, está consciente e conversa no quarto, após ter saído da UTI. Se o jogador mantiver o quadro animador por dois ou três dias, explicou Sonagli, começará a ser preparada sua transferência para o Brasil, a acontecer em voo com condições especiais. A preparação deverá durar mais um ou dois dias. 
"Se ele tiver uma piora pulmonar, o quadro regride. E então não terá transferência", alertou Stakonski.
Certo é que as transferências serão individualizadas: "Cada uma a seu tempo", explicaram os médicos. Marcos Sonagli acrescentou: "Uma vez realizada a transferência, ninguém vai direto para casa. Vai para algum hospital, seja em Chapecó, em São Paulo... No Brasil ainda faremos baterias de exames.

Estado de saúde de Neto: 

"Neto ainda está em fase de vida. Está na UTI, porque não permite ir pro centro cirúrgico. A cada 48h nós revisamos pra saber se tem alguma infecção. A ferida do Neto, tem um curativo cirúrgico, não tem sinais de infecção no local. Foi identificado uma bactéria, mas não tem febre. Estado dele é grave, por isso cobrimos para um vasto grupo de bactérias. Ele segue com ventilação mecânica e sedado. Sim, se mantém estabilizado. Faz 24h, 36h que ele está estável. Ele mantém pressão, coração está bem. Precisamos monitorizá-lo.

Estado de saúde de Alan Ruschel: 

"Alan está caminhando, acordado. Está alegre. Estaremos vigilantes sobre ele mais uns dias para começarmos a pensar em manda-lo pro Brasil. Tem que ter parcimônia. Ninguém tem experiência com acidentes desse tamanho...É uma vitória, mas esperamos comemorar com os quatro juntos. Aí começamos a relaxar".

Estado de saúde de Rafael Henzel: 

"Exames dele estão bem [Rafael]. Nas últimas 24h não teve mais febre. Hemograma e sinais infeccionáveis estão bem. Monitorá-lo agora. Está bem".

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