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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Curiosidade: Por que os aviões deixam um rastro branco pelo céu?

Por que os aviões deixam um rastro branco pelo céu?






E quem de vocês nunca ficou se perguntando o que são aquelas trilhas brancas deixadas por aviões que cruza o céu?  Ou simplesmente como esses rastros são formados? Pode até parecer fumaça , mas não é! Os rastros deixados no céu por alguns aviões são como pequenas nuvens, na verdade, formadas pela condensação do vapor de água. Já leu nossa matéria que mostra o que há dentro de uma caixa preta de avião?
O fenômeno é conhecido como “trilha ou esteira de condensação”, ou, em inglês, “contrails”. Geralmente, essas nuvens aparecem quando o avião está em uma altitude acima de 8.000 metros e com uma temperatura externa abaixo de -40ºC. Uma boa explicação científica para isso está presente no livro “Cockpit Confidencial: Tudo o Que Você Precisa Saber Sobre o Curso de Ar”, escrito por um dos pilotos de avião mais experientes do mundo, Patrick Smith.
No livro, a explicação é a seguinte:
“Contrails são formados quando os gases de escape úmidos do jato condensam em cristais de gelo no frio, no ar seco e de nível superior. Não é muito diferente do nevoeiro que resulta quando você expira em um dia frio. Poderíamos dizer que os Contrails são nuvens. O vapor de água, por mais estranho que possa parecer, é um subproduto da combustão dentro de motores a jato, que é de onde a umidade vem. Para um contrail se formar, depende muito da altitude e da composição atmosférica do ambiente.”

Normalmente, a temperatura externa dos aviões quando atingem grandes altitudes (acima de 8.000 metros) é bastante baixa, chegando a -50ºC. Ao mesmo tempo, as turbinas das aeronaves produzem uma descarga de gases quentes, com mais de 300ºC. Quando esses gases entram em contato com o ar extremamente frio, o vapor de água se resfria rapidamente e se condensa, formando pequenas gotas de água. Confira também a nossa matéria com o que acontece quando abrimos a porta de um avião durante o voo.



Com o movimento do avião, o resultado é uma fina nuvem, que pode ser longa e duradoura ou curta e rápida, dependendo da umidade e da temperatura da atmosfera. Quanto mais frio e úmido, maior e mais duradoura será o rastro. Embora sejam constituídos, em sua grande maioria, por cristais de gelo, as trilhas também podem conter outros elementos provenientes da exaustão das aeronaves, como fuligem e dióxido de enxofre.
Na maioria das vezes, os rastros são formados em em poucos minutos vão sumindo. Esse processo é devido ao descongelamento dos cristais, que vão desfazendo o caminho das marcas. Todavia, existem casos que duram horas, mas só ocorrem quando no céu já existem cristais formados e que se unem aos de origem dos aviões.


Os primeiros trilhos de condensação foram observados durante e logo após o término da 1º Guerra Mundial (1914-1918), quando os aviões finalmente alcançaram altitudes necessárias para o fenômeno. Uma das primeiras observações aconteceu em 1919, durante um voo em Munique, na Alemanha. Na ocasião, a aeronave alcançou uma altitude de pouco mais de 9.200 metros. Agora, caros leitores da Fatos Desconhecidos, vocês sabem exatamente como as trilhas de condensação se formam e se espalham, e que elas são compostas por minúsculos cristais de gelo.

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