Cristina Kirchner tem bens bloqueados em processo sobre venda de dólares
Sete meses após deixar a Presidência da Argentina,
Cristina Kirchner teve todos os seus bens bloqueados na Justiça.
Ela foi informada de sua situação nesta quarta-feira (6), em audiência com o juiz Cláudio Bonadio, responsável pelo processo da venda de dólares 110 mercado futuro a preços inferiores aos de mercado.
O caso investiga operações financeiras, realizadas pelo Banco Central no fim do mandato de Cristina, que causaram um prejuízo de 53 bilhões de pesos (RS 12 bilhões) aos cofres públicos.
A ex-mandatária chegou ao tribunal Comodoro Py, em Buenos Aires, às 12h50 e, pouco depois das 13h15, a audiência já havia terminado.
Na saída, Cristina voltou a dizer que está sendo assediada judicialmente. "Ficou clara a perseguição de alguns setores do Poder Judiciário. A única coisa que fiz aqui foi assinar uma notificação", afirmou, reclamando por ter sido obrigada a ir pessoalmente ao tribunal.
Além de firmar a notificação, a ex-chefe de Estado aproveitou sua ida a Comodoro Py para denunciar por tráfico de informação 0 juiz Cláudio Bonadio e a deputada federal Margarita Stolbizer, candidata a presidente no ano passado.
Cristina costuma responsabilizar Bonadio por sua situação na Justiça. O magistrado já esteve à frente do caso Hotesur, que analisa 0 suposto pagamento de diárias aos hotéis dos Kirchner sem que os quartos fossem realmente ocupados. Em represália, Cristina, quando ainda era presidente, articulou para que 0 juiz tivesse seu salário reduzido e fosse afastado do processo.
Já Stolbizer denunciou ao Ministério Público que a família Kirchner mantém milhares de dólares não declarados e que realizou movimentações bancárias suspeitas nos últimos meses, indicando que a ex-presidente havia esvaziado suas contas.
Nas redes sociais, Cristina negou as movimentações e afirmou que Stolbizer mente. A imprensa, diante do tribunal, ainda chamou a deputada de burra.
A presença dos seguidores de Cristina em Comodoro Py para apoiá-la foi bastante discreta se comparada com a primeira vez em que ela se apresentou à Justiça, em abril. Segundo a imprensa argentina, cerca de mil militantes foram ao local nesta quarta.
O aposentado Jose Luis Alejandre, 76, disse que a convocatória havia sido feita em cima da hora pelos movimentos políticos kirchneristas. "Muita gente não ficou sabendo que ela vinha aqui."
Na noite de sábado (2), quando ela chegou em Buenos Aires, milhares de pessoas foram ao aeroporto recebê-la.
Fonte: Folha de São Paulo
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