Governo investe R$ 22 milhões em cozinhas comunitárias nas cidades do ‘Mais IDH’
O Governo do Maranhão está investindo cerca de R$ 22 milhões na construção de 30 cozinhas comunitárias nas cidades atendidas pelo Plano ‘Mais IDH’. A medida visa reduzir o índice de insegurança alimentar no estado e estimular a agricultura familiar e o comércio regional. Cada cozinha terá capacidade para fornecer, gratuitamente, 500 refeições por dia, feitas a partir de ingredientes produzidos por pequenos agricultores.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013, o Maranhão é o estado com o pior índice de insegurança alimentar do Brasil. Buscando reverter esse quadro, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes), levantou as necessidades das cidades maranhenses com pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para implantação de cozinhas comunitárias nesses locais.
A partir das novas cozinhas, o Governo do Maranhão poderá desenvolver um conjunto de ações voltadas para população carente em situação de insegurança alimentar. As ações terão como objetivo garantir alimentação saudável, promover educação alimentar e nutricional associada à prática de atividades físicas, capacitar o público na área de gastronomia e fortalecer a produção e comercialização da agricultura familiar local.
Em cada cozinha comunitária, serão preparadas e servidas, gratuitamente, entre 200 a 500 refeições por dia. As cozinhas funcionarão de segunda a sexta-feira, com exceção dos feriados, no horário das 11h às 13h30. A alimentação preparada nas cozinhas vai garantir à população, a ingestão diária recomendada de nutrientes, conforme orientações da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/OMS).
O cardápio será elaborado por nutricionistas da Secretaria Adjunta de Segurança Alimentar e Nutricional (SASAN), subordinadas à Sedes. A elaboração dos pratos levará em conta os alimentos regionais, com o objetivo de fortalecer a produção e o comércio da agricultura familiar local. Ao menos 30% dos produtos utilizados no preparo das refeições serão comprados diretamente das mãos de pequenos agricultores, e 20% do comércio regional.
Além do fornecer refeições gratuitas, o Governo do Estado irá realizar, por meio das cozinhas comunitárias, cursos e oficinas para a geração de trabalho e renda. As capacitações ajudarão a disseminar a adoção de hábitos alimentares saudáveis, impactando de forma positiva na qualidade de vida da população atendida.
A implantação das cozinhas é coordenada pela Sedes e está em fase final de licitação. A maior parte das obras já foi licitada, com investimentos de cerca de R$ 16,6 milhões. O último lote, para a construção de sete cozinhas, no valor de mais de R$ 5 milhões, será relicitado em breve.
Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Neto Evangelista, as novas unidades se constituem em importante auxílio à população que, em meio a atual crise econômica, encontra dificuldades para se alimentar. “Continuamos com a política de expansão, tanto de aumento de refeições como de quantia de equipamentos de alimentação. Por isso, além dos quatro recém-inaugurados restaurantes populares no interior do Maranhão, estamos implantando 30 cozinhas comunitárias em municípios que precisam de segurança alimentar e nutricional”, afirmou.
Plano ‘Mais IDH’
As cozinhas comunitárias serão implantadas nas cidades de Fernando Falcão, Jenipapo dos Vieiras, Itaipava do Grajaú, Arame, São Raimundo do Doca Bezerra, São Roberto, Marajá do Sena, Santa Filomena do Maranhão, Lagoa Grande do Maranhão, Serrano, Centro Novo, Amapá do Maranhão, Cajari, São João do Carú, Pedro do Rosário, Governador Newton Belo, Satubinha, Conceição do Lago Açu, Brejo de Areia, Santo Amaro, Primeira Cruz, Araioses, Água Doce do Maranhão, Santana do Maranhão, Milagres do Maranhão, Belágua, Afonso Cunha, Aldeias Altas, São João do Sóter e São Francisco do Maranhão.
As cidades contempladas fazem parte do Plano de Ações do ‘Mais IDH’, lançado pelo Governo do Estado com a finalidade de promover medidas de desenvolvimento social nas localidades maranhenses com os piores desempenhos no IDH. O Plano reúne programas voltados para implantação de saneamento básico, combate à insegurança alimentar e estímulo ao trabalho e renda, por meio de capacitações e ações de fortalecimento da agricultura familiar regional.
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